Em comunicado, a CDU/Gaia recorda que entre setembro de 2012 e setembro de 2016, quando foi nomeada uma nova administração, encerraram em todo o país pelo menos 69 agências e contabiliza os balcões encerrados no concelho de Gaia, apontando que dos 18 balcões que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve no concelho, restam agora apenas oito.

A CDU alerta que, no caso de Grijó, os clientes - muitas das empresas das duas zonas industriais, escolas, serviços e idosos - terão de se deslocar a sete quilómetros de distância para aceder a outro balcão.

Esta força partidária formada por PCP e PEV diz que "há muito que se alerta e luta contra os verdadeiros objetivos das orientações levadas a cabo pelas administrações da CGD e por sucessivos governos, que visaram objetivamente criar oportunidades de negócio para a banca privada".

"Um exemplo claro disso é a situação em Canelas: ali o Santander encerrara um balcão, mas reabriu-o após o encerramento da agência da CGD, visando a captação dos seus clientes", descreve nota da CDU/Gaia que argumenta com o papel de "serviço público" da CGD.

"À CGD cabe um papel de serviço público, ao serviço dos interesses da economia nacional e do desenvolvimento do país, capaz de cumprir o acesso das populações aos serviços bancários", lê-se na nota que termina com o compromisso da continuação desta luta.

"Apelamos aos trabalhadores e às populações que se juntem a ela e reiteramos o compromisso de intervir ao nível político e institucional em defesa de um novo rumo para a CGD, correspondente ao desenvolvimento económico, ao interesse de Portugal e dos portugueses", termina a CDU/Gaia.

O voto de protesto apresentado por iniciativa da coligação PCP/PEV foi subscrito por todos os grupos municipais em Assembleia Municipal.

A agência Lusa procurou obter um esclarecimento junto da CGD, mas até ao momento sem sucesso.

Na terça-feira, vários órgãos de comunicação social noticiaram que a Caixa Geral de Depósitos iria encerrar mais 75 balcões até ao final deste mês, de acordo com um plano denunciado no fim-de-semana durante um protesto promovido na vila de Alhandra pelo PCP.