Petrópolis, a cerca de 70 quilómetros da cidade do Rio de Janeiro, acumulou 259 milímetros de chuva em seis horas, na tarde e noite de terça-feira, de acordo com fontes da defesa civil, prevendo-se para hoje mais precipitação, embora moderada.

Os ‘media’ locais estimam que mais vítimas devem ser localizadas ao longo do dia já que o trabalho das equipas de resgate nas áreas atingidas continua.

Além disso, ao menos 21 pessoas foram resgatadas com vida.

De acordo com fontes oficiais, ocorreram pelo menos 189 deslizamentos de terras e 45 desabamentos ou quedas de muros e árvores no distrito de Petrópolis.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros a serem arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos numa área da cidade chamada Morro da Oficina.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, descreveu aos jornalistas a situação, referindo-se a um cenário “quase como uma guerra”.

“Temos visto veículos derrubados, muita lama e ainda muita água”, acrescentou.

Castro salientou que a tragédia ocorreu “de um dia para o outro” e indicou que, em apenas duas horas, a queda de água atingiu os 200 milímetros.

Os 259 milímetros acumulados em seis horas em Petrópolis foram ainda mais do que a previsão para todo o mês de fevereiro, que foi de 238 milímetros.

“É uma quantia absurda e infelizmente não pudemos salvar todas as pessoas”, lamentou o governador.

A tragédia também gerou manifestações do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que está em visita oficial à Rússia.

“De Moscovo tomei conhecimento sobre a tragédia que se abateu em Petrópolis/RJ. Fiz várias ligações para os Ministros @rogeriosmarinho [Rogério Marinho] e Paulo Guedes para auxílio imediato às vítimas, bem como conversei com o @DefesaGovBr, General Braga Neto, que me acompanha na Rússia”, escreveu Bolsonaro.

“Retorno na próxima sexta-feira e, mesmo distante, continuamos empenhados em ajudar ao próximo. Deus conforte aos familiares das vítimas”, acrescentou.

Esta não é a primeira vez que a região montanhosa do Rio de Janeiro foi atingida por fortes tempestades. Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos na região.