As operações de busca de duas das cinco pessoas que seguiam a bordo de uma embarcação, que se afundou a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, foram interrompidas hoje cerca das 20:30 e serão retomadas na segunda-feira, pelas 07:30.

Das cinco pessoas que seguiam no barco, todas do sexo masculino, duas continuam desaparecidas, duas foram encontradas sem vida e a que sobreviveu é o proprietário e timoneiro da embarcação, de 62 anos.

Sobre as operações de segunda-feira, Serrano Augusto, que também é comandante-local da Polícia Marítima, explicou que contarão novamente com um navio patrulha da Marinha, uma embarcação do Instituto de Socorros a Náufragos, uma viatura de vigilância costeira com drone e um tratocarro da Polícia Marítima.

Questionado sobre não a utilização de meios aéreos nas buscas de segunda-feira, o capitão Serrano Augusto explicou que “o grande esforço que se faz nas buscas é nas primeiras oito horas”.

“Neste momento, aquela área já foi varrida tantas vezes que a probabilidade de as pessoas não terem sido vistas é muito reduzida. Os corpos estiveram próximos da embarcação, o que leva a crer que não se afastaram muito”, disse.

O naufrágio da embarcação terá acontecido por volta das 07:00, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10:05.

Segundo Serrano Augusto, o proprietário da embarcação – até agora o único sobrevivente - terá sido surpreendido por um golpe de mar que, apesar das manobras efetuadas, se virou e afundou.

A bordo seguiam dois irmãos, de 21 e 23 anos, sendo um deles uma das vítimas mortais cujo corpo já foi encontrado, um homem com cerca de 40 anos e o seu filho, entre os 11 e os 13 anos, que também foi resgatado sem vida.

Segundo o capitão do Porto de Setúbal, “são todos da zona de Grândola, moram na mesma rua” e iam à pesca de choco, mas apenas a criança tinha colete.