Segundo noticiou no domingo o Correio da Manhã, o suspeito, de 26 anos, que se encontra em prisão preventiva, terá sido contratado por uma associação que promove a integração escolar de crianças de minorias étnicas, ao abrigo de um protocolo com a Câmara Municipal de Loures, do distrito de Lisboa.

“A verdade é que, apesar da gravidade da situação, logo após a identificação do problema, de imediato foram tomadas as medidas necessárias pela direção do agrupamento, acompanhada pelos pais e encarregados de educação, quer pela associação parceira, nomeadamente denuncia, afastamento do mediador da escola e subsequente despedimento”, refere a Câmara de Loures, num comunicado divulgado hoje.

A nota dá conta que o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), se reuniu com os agentes educativos envolvidos no projeto de mediação intercultural, designadamente diretores dos agrupamentos escolares, coordenadores de escolas, associações de pais e juntas de freguesia.

“Todos repudiaram a situação ocorrida, tendo sido unânime que a implementação do projeto não pode ser posta em causa por uma ocorrência imprevisível e hedionda. A verdade é que uma árvore não faz a floresta”, ressalva a autarquia.

O projeto em causa tem lugar em vários estabelecimentos de ensino do concelho de Loures e encontra-se suspenso na escola onde tiveram lugar os presumíveis crimes.

“Continuaremos a acompanhar esta situação de forma atenta e próxima da comunidade escolar. Reforçamos o sentimento generalizado da comunidade escolar, transmitido na reunião conjunta, da enorme relevância que o desenvolvimento do projeto tem tido para as escolas envolvidas e na confiança no trabalho desenvolvido”, conclui a nota.