"Bem, as únicas opções são transformar (o local) num museu ou demolir. Quanto a mim, preferia demolir”, disse o candidato do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), de acordo com a AFP.

Em julho, o governo austríaco já havia aprovado uma lei para expropriar a casa que fica em Braunau am Inn, no norte do país, com o objetivo de evitar que o local se transforme num ponto de peregrinação. 

Porém, mesmo com a lei e a vontade do ministro do Interior austríaco em demolir o edifício, este tem um estatuto de local protegido não relacionado com Hitler, o que pode dificultar a ação.

Hofer também afirmou que pretende melhorar as relações com a Comunidade Judaica de Vienna (IKG), que representa 15.000 pessoas na Áustria. 

O IKG acusa o partido de Hofer, cujo primeiro líder, nos anos 1950 era um antigo membro das Tropas Schutzstaffel (SS), de simpatizar com os movimentos neonazistas e antissemitas, algo que o FPÖ nega. 

Hofer disse que se for eleito em 2 de outubro - a data ainda pode ser alterada -, iria  "naturalmente" procurar uma aproximação com o IKG, de acordo com a AFP. 

A Áustria vai novamente à segunda volta das eleições presidenciais em 2 de outubro entre Hofer e o ecologista Alexander Van der Bellen. A votação será uma repetição da segunda volta de 22 de maio, que terminou com uma vitória apertada de Van der Bellen, mas que foi anulada pelo Tribunal Constitucional depois de terem sido detetadas uma série de irregularidades.