No final de uma visita à Escola Secundária do Restelo, em Lisboa, Assunção Cristas advogou que, dado que o país atravessa uma fase de recuperação económica, "tem de haver dinheiro para investimentos nesta escola e em muitas outras por todo o país, que ficaram de fora das intervenções da Parque Escolar".

"Com a desculpa da descentralização não se pode deixar de fazer o que tem de ser feito, que é estudar, planear em conjunto com as escolas, ouvindo as escolas" relativamente às intervenções a programar, "de maneira a que se potencie o que de melhor a escola tem", afirmou a líder centrista, que é também vereadora da Câmara Municipal de Lisboa.

Na sua opinião, "o pior que pode acontecer é nesta transição se voltar de novo à estaca zero e não haver um plano estruturado" para as intervenções na rede escolar.

Assim, é necessário garantir que as competências não passam para os municípios "sem que tenha sido feito já um plano para a intervenção, uma calendarização e um orçamento, de maneira a que quando vier a acontecer essa transição, se vier a acontecer - esperamos que sim - também se saiba o que está para fazer".

“O que vemos infelizmente é um Governo que diz que está tudo bem, mas depois não tem dinheiro para investimento nem na educação, nem na saúde, nem nos transportes”, salientou a líder centrista, acrescentando que “é preciso distribuir de forma equitativa as verbas”.

Apesar de entender que “os recursos são sempre escassos”, Assunção Cristas observou que “não é admissível que numa distância de três, quatro quilómetros haja escolas intervencionadas pela Parque Escolar com instalações muitas vezes até de luxo, e outras que não têm quase nada”.

Sobre a Escola Secundária do Restelo, a autarca apontou que “é conhecida pelas melhores razões, os seus resultados escolares, mas também pelas piores razões, que têm a ver com a falta de investimento e com a questão muito recente da praga de ratos”.

A visita e reunião com a direção da escola, associação de pais e um representante dos alunos teve como objetivo inteirar o CDS-PP destas questões, tendo sido transmitido à presidente centrista que “a questão dos ratos pontualmente terá sido resolvida”.

No final de janeiro, a Escola Secundária do Restelo e a Escola Básica (EB) 1 de Caselas fecharam portas durante alguns dias para se realizar uma desratização.

No entanto, “há questões estruturais nesta escola que precisam de solução”, nomeadamente “as instalações muitíssimo degradadas”, dado que prestes a fazer 40 anos, “nunca teve intervenções estruturais de fundo”.

“Com 40 anos são muitas as carências ao nível das condições básicas de habitabilidade”, disse a vereadora.

A líder do CDS-PP afirmou também que o grupo parlamentar centrista vai apresentar um projeto de resolução no parlamento sobre esta matéria.