Um dia depois de ter dado por encerrada a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos, o chefe de Estado acabou por voltar ao assunto quando confrontado pelos jornalistas, em Braga, com o acórdão hoje publicado no ‘site’ Tribunal Constitucional, que notifica os ex-administradores do banco público que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património de que terão mesmo de fazê-lo.

"Às vezes, vale a pena ser teimoso, ter a mesma ideia do começo até ao fim ou, dito por outras palavras, ser professor de Direito Constitucional", acentuou o chefe de Estado à margem do 43.o aniversário da Universidade do Minho.

O Tribunal Constitucional decidiu por unanimidade que os ex-administradores da CGD que ainda não entregaram as declarações de rendimentos e património vão mesmo ter de o fazer, segundo o acórdão daquele tribunal conhecido hoje.

Marcelo voltou a comentar matérias relacionadas com o banco público, um dia depois de ter posto um ponto final na questão.

"É muito simples. É um caso encerrado, ponto final, parágrafo, é um caso que está encerrado, agora olhemos para o futuro e no futuro temos muito para tratar em relação à recapitalização da caixa, como já disse. Em relação ao passado, terminou. O Presidente, o que tinha a dizer, está dito, não muda uma linha, não muda uma vírgula, não acrescenta uma vírgula, está dito", frisou o chefe de Estado na quinta-feira.

Apesar de o Presidente e o primeiro-ministro terem dado por encerrada na quinta-feira a controvérsia em torno da negociação entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior presidente da CGD, António Domingues, o assunto continuou hoje na ordem do dia.

O PSD e o CDS-PP avançaram com um pedido obrigatório de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para analisar as trocas de comunicações entre Centeno e António Domingues com vista à entrada deste gestor para a presidência da CGD, um dia depois de a esquerda parlamentar ter recusado fazer essa apreciação na comissão de inquérito à gestão da Caixa que está já constituída.