No final de uma manifestação que durante aproximadamente duas horas percorreu várias zonas do centro de Lisboa, o líder da central sindical falou aos jornalistas para defender que o executivo "tem obrigação de associar às palavras os atos".

"O Governo diz que quer combater o modelo de baixos salários e trabalho precário" e tem agora uma "oportunidade única" para o fazer, advogou o sindicalista.

A manifestação nacional da juventude trabalhadora, que contou também com a presença de vários manifestantes de outras idades, teve como lema "O tempo é hoje! Vencer a precariedade, defender os nossos direitos" e realizou-se esta tarde, na mesma data em que se assinala o Dia Nacional da Juventude.

Para Arménio Carlos, "também no setor privado" têm de ser efetivadas medidas de combate à precariedade, e o sindicalista advogou que o Livro Verde das Relações de Trabalho, a ser apresentado pelo executivo na quarta-feira, sinaliza vários alertas deixados pela CGTP nos últimos anos.

"Pela nossa parte, fica aqui este alerta ao Governo: menos conversa e mais ações", reclamou o líder da CGTP.

Arménio Carlos diz que a campanha nacional da central sindical contra a precariedade "está a ter resultados palpáveis", com “vários milhares de trabalhadores” até agora com vínculos precários a passarem a efetivos nas empresas privadas.

"É uma luta onde a solidariedade intergeracional está presente", reforçou, advogando que os pais "querem o melhor para os filhos", e sendo a precariedade um problema dos mais jovens é também "dos mais velhos, porque ninguém está disposto a que os seus filhos tenham amanhã uma vida pior do que eles, enquanto pais, hoje têm".

No global, entre a Praça da Figueira e a Assembleia da República, estiveram presentes alguns milhares de manifestantes.

Empunhando bandeiras da Interjovem/CGTP-IN, o setor mais jovem da central sindical, os manifestantes gritaram recorrentemente durante o trajeto até ao parlamento palavras de ordem como "O trabalho é um direito, sem ele nada feito!" ou "A luta continua nas empresas e na rua!".

O dia de hoje é também marcado por uma greve dos trabalhadores de 'call centers' (centros de atendimentos) dos setores das comunicações e telecomunicações, com muitos jovens em greve a marcar presença na manifestação em Lisboa.

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