“O incêndio está a descer e pode ameaçar moradias. Ainda está longe e não há vento, o que é bom, mas vem na direção mais urbana”, disse o autarca à agência Lusa.

De acordo com o presidente da Câmara de Câmara de Lobos, durante a tarde o problema maior era uma unidade fabril que se encontrava na zona do incêndio, mas os operários ajudaram os bombeiros e conseguiram evitar que o fogo atingisse a fábrica.

No combate ao incêndio estão 15 operacionais das corporações de bombeiros de Câmara de Lobos e da Ribeira Grande, apoiados por quatro veículos.

O único helicóptero de combate aos incêndios existente na Madeira esteve a ajudar à tarde, “e foi um apoio muito importante”, mas já não está a trabalhar por falta de visibilidade, afirmou.

No concelho de Câmara de Lobos houve ainda a registar um outro incêndio, no Curral das Freiras, mas que já foi dominado.

De acordo com o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, desde o dia 04 de outubro foram registados vários focos de incêndios nos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Calheta, todos localizados na zona oeste da ilha.

O arquipélago da Madeira encontra-se sob aviso meteorológico laranja desde a semana passada devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, que diariamente ultrapassa os 30 graus. A situação vai prolongar-se até às 18:00 de sábado.

O Governo da Madeira declarou hoje a situação de contingência devido aos incêndios que lavram na região, ativando, assim, o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil.

O incêndio mais relevante deflagrou na quarta-feira, cerca das 18:00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, na zona oeste da ilha da Madeira, tendo alastrado durante a noite à freguesia contígua da Fajã da Ovelha e, posteriormente, às freguesias da Ponta do Pargo e das Achadas da Cruz, esta já no concelho do Porto Moniz, onde lavra agora com mais intensidade.