O projeto “CrossCult” resulta de uma candidatura aprovada no âmbito de um programa da Comissão Europeia (H2020-REFLECTIVE-6-2015) e é liderado pelo Instituto Luxemburguês de Ciência e Tecnologia (LIST).

Segundo a autarquia do distrito de Vila Real, o objetivo é criar uma “rede de transferência de informação e conhecimento referente ao património histórico e cultural”.

No âmbito do projeto, será criada uma aplicação que vai estabelecer a ligação entre diferentes espaços arqueológicos europeus da época romana vinculados à água e à saúde, entre eles os balneários de Chaves, de Lugo (Espanha), de Montegrotto Terme (Itália) e o santuário de Epidauro (na Grécia).

A informação sobre o património de Chaves estará, desta forma, anexada à aplicação de guias de visita de locais como o Museu National Gallery, em Londres, que recebe anualmente cerca de seis milhões de visitantes, ou o santuário de Epidauro na Grécia, que tem um número de visitantes muito semelhante.

O município espera, através da aplicação que ainda está em fase de teste, divulgar o património local e atrair mais visitantes a este território.

O projeto para a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, em pleno centro da cidade de Chaves, levou à descoberta das termas medicinais romanas, de há quase dois mil anos.

Foi em 2005 e, ao longo destes anos, efetuaram-se escavações que revelaram duas grandes piscinas, mais sete de pequenas dimensões e ainda um complexo sistema hidráulico de abastecimento às estruturas e que ainda hoje funciona.

Depois de concluída a fase de construção do edifício, que alberga o Museu das Termas Romanas, a autarquia quer avançar agora com o projeto de conservação, desumidificação e musealização do espaço, para depois o abrir ao público, prevendo-se que possa acontecer em 2018.