Em comunicado, o executivo comunitário congratula-se com a criação do i-Portunus, um programa experimental de curta duração para os setores da cultura e do audiovisual europeus, tendo então em vista que artistas da UE trabalhem no estrangeiro (noutros Estados-membros ou em países parceiros da iniciativa) por 15 a 85 dias.

Este ano, o i-Portunus ainda está em fase piloto, mas já permitiu que 343 participantes - entre artistas e profissionais da cultura nas artes do espetáculo ou das artes visuais - de 36 países, tivessem esta experiência de mobilidade.

Ao todo, o projeto contou com cerca de 3.200 candidaturas (tanto individuais como em grupo) entre abril e setembro passados, 85 das quais feitas por portugueses.

E se este ano a verba alocada era de um milhão de euros, para 2020 o executivo comunitário prevê um total de 1,5 milhões de euros para a iniciativa.

Após esta fase experimental, a Comissão vai definir uma ação de caráter permanente, enquadrando-a no próximo programa Europa Criativa, dentro do novo quadro financeiro plurianual 2021-2027.

Para participarem neste programa de mobilidade dos artistas e dos profissionais da cultura, os interessados devem manifestar um objetivo específico e bem definido, como, por exemplo, o de estabelecer uma colaboração internacional ou de trabalhar numa residência artística centrada na produção ou no desenvolvimento profissional no país de destino.

“As reações dos participantes e dos setores culturais têm sido muito positivas. O programa i-Portunus foi particularmente bem acolhido pelos jovens e os artistas emergentes”, nota a Comissão Europeia.

Já o comissário responsável pela Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Tibor Navracsics, mostra-se “orgulhoso por ter lançado este primeiro programa financiado pela UE, que permite aos artistas e aos profissionais da cultura adquirir experiência no estrangeiro e construir novas parcerias transfronteiriças com outros criadores”.

Ao todo, o projeto abrange 41 países, entre os quais Portugal.