“Sob a direção da Presidência Checa, em 08 de dezembro, o Conselho Justiça e Assuntos Internos votará sobre a plena participação da Bulgária, Roménia e Croácia no espaço Schengen sem controlos nas fronteiras internas”, disse hoje a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, em conferência de imprensa, apelando à luz verde dos Estados-membros.

O colégio de comissários adotou hoje “uma comunicação sobre como tornar Schengen mais forte com a plena participação da Bulgária, Roménia e Croácia”, sublinhou ainda.

O executivo comunitário pede ao Conselho da UE que tome as decisões necessárias para autorizar estes países a participarem em pleno espaço Schengen de livre circulação de pessoas e bens.

A Bulgária e a Roménia aguardam a luz verde dos restantes Estados-membros para a entrada em Schengen desde 2011, a que o Parlamento Europeu já deu o seu acordo, mas a alegação de alguns países sobre a falta de progresso na luta contra a corrupção tem atrasado o processo.

Bruxelas sustenta, no comunicado de hoje, que Sófia e Bucareste respeitam na íntegra todos os critérios para o alargamento do espaço Schengen, apelando à luz verde do Conselho da UE.

A Croácia, por seu lado, foi declarada apta em dezembro de 2021.

O espaço Schengen de livre circulação permite que cidadãos possam circular nessa área sem necessidade de passaporte e os controlos sejam abolidos, apesar de estarem previstas exceções temporárias.

Fazem parte dele 26 países, representando 420 milhões de habitantes, dos quais 22 Estados-membros da UE — incluindo Portugal — a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça.