
De acordo com a ordem de trabalhos enviada à comunicação social, a reunião realiza-se na quarta-feira à noite, num hotel em Lisboa, para debater e votar o Relatório e Contas de 2021, bem como o Plano de Atividades e o Orçamento para 2023.
Será também apresentado aos conselheiros nacionais “o novo Regulamento de Quotizações”, que passará pela sua simplificação.
O último ponto é, como habitualmente, dedicado à análise da situação política, numa altura em que as notícias sobre casos judiciais têm dominado a atualidade política, algumas envolvendo membros do executivo, como o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ministro dos Negócios Estrangeiros e ex da Defesa, João Gomes Cravinho.
Por outro lado, a Operação Vórtex, de que resultou a detenção do presidente da Câmara de Espinho (PS) Miguel Reis (que renunciou, entretanto, ao mandato), envolveu também buscas à residência do deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira e à apreensão do seu computador e telemóvel.
O deputado e ex-presidente desta autarquia do distrito de Aveiro entre 2009 e 2021 não foi, por enquanto, constituído arguido nem chegou ao parlamento o pedido de levantamento da sua imunidade parlamentar.
Na sequência das notícias sucessivas sobre o caso, Pinto Moreira, que tem negado “categoricamente que tenha recebido o que quer que seja” e reiterado que está disponível para colaborar com a justiça, deixou já a vice-presidência que ocupava na bancada do PSD e a presidência da comissão de revisão constitucional, decisão acertada com o presidente do PSD, Luís Montenegro, e o líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento.
Hoje, Montenegro manifestou-se “revoltado e indignado” com aquilo que diz serem tentativas de o associarem à Operação Vórtex, deixando a garantia de que tal não o intimida ou deixa fragilizado.
O líder do PSD disse ainda esperar que estas associações à Operação Vórtex terminem e considerou que só podem ter “motivações políticas”.
“Evidentemente que tenho que denunciar estas manobras, estas tentativas de me quererem colocar num sítio onde eu, pura e simplesmente, nunca estive nem estarei seguramente”, frisou.
O Conselho Nacional do PSD reuniu-se pela última vez em 11 de novembro para aprovar o projeto de revisão constitucional do partido.
A reunião extraordinária, que demorou pouco mais de duas horas, decorreu de forma pacífica, apenas com críticas pontuais à forma como o processo foi conduzido.
“Quanto menos intriga criarmos a nós próprios, mais facilidade vamos ter em passar os nossos intentos e as nossas mensagens. Estou absolutamente convicto de que não era possível fazer de forma diferente, nem melhor, modéstia à parte”, afirmou então Luís Montenegro.
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