A Coreia do Norte anunciou hoje ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental.

Momentos antes a agência oficial norte-coreana, KCNA, assegurou que o país conseguiu desenvolver com êxito uma 'bomba H', que foi carregado num dos seus novos projéteis intercontinentais, num teste que foi supervisionado pelo próprio líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

O mesmo meio de comunicação divulgou uma fotografia de Kim junto a uma suposta 'bomba H', como é conhecida a bomba de hidrogénio, acompanhado por cientistas nucleares e altos oficiais do Departamento da Indústria de Munições do Partido Central dos Trabalhadores, apesar de, como é habitual, não ter dado detalhes sobre o local nem a data do acontecimento.

O líder norte-coreano “expressou o seu grande orgulho por reforçar as forças nucleares” e por comprovar como o regime Juché (a ideologia oficial norte-coreana de autossuficiência) “consegue desenvolver uma arma explosiva termonuclear com os seus próprios esforços e tecnologia”, segundo a KNCA.

Os cientistas norte-coreanos “melhoraram o rendimento técnico” do explosivo, superando o nível da primeira bomba H testada pelo país asiático, acrescentou a mesma agência.

Teste militar terá provocado um forte sismo na Coreia do Norte 

Um forte sismo foi registado na Coreia do Norte, estando as autoridades da Coreia do Sul a analisar a possibilidade de ter sido provocado artificialmente por um ensaio nuclear realizado pelo regime de Pyongyang.

“Um abalo artificial, de magnitude 5,6, foi detetado perto de Punggye-ri, na Coreia do Norte, e nós estamos a analisar se se tratou de um ensaio nuclear”, declarou o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul através de um comunicado.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade sísmica mundial, reportou o registo de um abalo telúrico de magnitude 6,3 pelas 12:00 na hora de Pyongyang (04:30 em Lisboa), sinalizando uma possível “explosão”.

Em janeiro do ano passado, a Coreia do Norte detonou no interior das suas galerias subterrâneas o que assegurou ser uma bomba de hidrogénio, mas análises posteriores revelaram que se tratou de um artefacto menos potente que uma 'bomba H'.

Além disso, no início de julho, o regime realizou dois ensaios com mísseis balísticos intercontinentais, a que se seguiram outras provas com projéteis de menor alcance, o último dos quais na terça-feira passada, que sobrevoou território japonês.

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