Num artigo publicado hoje no jornal estatal Rodong Sinmun, o regime liderado por Kim-Jong-un defende que as armas nucleares tornam o país “mais seguro”, razão pela qual a Coreia de Norte deve apostar em desenvolver o seu arsenal.

“O departamento da Defesa, segundo a política ‘byeongjin’ do partido [que consiste em promover o progresso económico e o desenvolvimento nuclear], deve criar as suas próprias armas de vanguarda em maior número”, refere a primeira página do diário afeto ao Partido dos Trabalhadores.

A Coreia do Norte assinala o seu aniversário uma semana depois de realizar o seu sexto e mais poderoso teste nuclear até à data, no passado domingo, no que revelou ter sido a detonação de uma arma termonuclear para ser colocada num míssil intercontinental.

Em julho, o país testou por duas vezes o modelo de mísseis Hwasong-14, que os analistas consideram serem capazes de atingir os Estados Unidos, incluindo cidades importantes como Chicago e Los Angeles.

Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram a sua intenção de pedir uma reunião ao Conselho de Segurança da ONU, na segunda-feira, com o objetivo de submeter a votação uma resolução para “sanções adicionais” contra a Coreia do Norte.

Antes, na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia dito que uma ação militar é “certamente” uma opção contra a Coreia do Norte.

“Eu preferia não adotar a via militar, mas é algo que certamente pode acontecer”, disse.

No mês passado, a Coreia do Norte lançou um míssil que sobrevoou o Japão.