Segundo revelou à Lusa o comandante Rodrigues Campos, que vem coordenando as buscas para localização dos corpos, o alerta foi dado esta manhã "por um popular que viu o cadáver no areal da Praia de Paramos e ligou para o 112".

A identidade da vítima ainda não foi apurada mas o mesmo responsável afirmou que: "É possível que seja um dos jovens".

A Polícia Marítima deslocou-se ao local e solicitou entretanto a intervenção da Polícia Judiciária, com vista a que o Ministério Público autorize a remoção do corpo e os devidos procedimentos médico-legais.

Os dois jovens que desapareceram a 11 de junho na Praia da Costa Verde, em Espinho, tinham 18 e 19 anos e eram residentes em Canedo, no concelho de Santa Maria da Feira.

Foram vistos pela última vez a debater-se no mar quando tentavam resgatar a bola com que pouco antes jogavam no areal.

Desde essa altura, as operações com vista à recuperação dos seus corpos chegaram a envolver diariamente cerca de 50 operacionais de diversas entidades, como as Capitanias do Douro e de Aveiro, a Marinha, a Força Aérea, a Estação de Salva Vidas do Douro, a Polícia Marítima, o Instituto de Socorros a Náufragos e várias corporações de bombeiros.

O gabinete de Psicologia da Polícia Marítima também prestou apoio a 15 familiares e amigos das vítimas, em parceria com os psicólogos das câmaras municipais de Espinho e Santa Maria da Feira.

Desde a passada quinta-feira, contudo, esse dispositivo foi sendo gradualmente reduzido, pelo que passou a envolver apenas os habituais meios terrestres que a Polícia Marítima afeta à época balnear, com o navio-patrulha da Marinha a percorrer a costa "em regime de oportunidade".

As corporações dos bombeiros de Espinho, Aguda e Esmoriz mantiveram-se, no entanto, ativas no terreno, sendo que os diversos nadadores-salvadores destacados para a vigilância das praias entre Leixões e Aveiro também receberam instruções da Capitania do Douro para se manterem "mais atentos" a indícios que ajudem a devolver os corpos das vítimas às respetivas famílias.