"Tinha esperança que as férias tivessem dado ao doutor Passos Coelho alguma imaginação para não continuar a reservar-se ao papel, que é um papel que não é saudável para o país, que é o de estar sempre a anunciar a desgraça que vem aí na semana a seguir e que felizmente, graças ao grande esforço que tem sido feito em particular pelos nossos empresários e trabalhadores, não tem correspondido a essa realidade", disse António Costa.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas em Arouca à saída de uma reunião com os presidentes de Câmara de Arouca, Águeda e Castelo de Paiva (distrito de Aveiro) e São Pedro do Sul e Castro Daire (distrito de Viseu), sobre os incêndios que atingiram estes municípios na última semana.

António Costa acusou ainda o líder do principal partido da oposição de ter um discurso de "vira o disco e toca o mesmo" e de não valorizar os aspetos positivos como o facto de ter conseguido "resolver a bem o processo de sanções aberto pela União Europeia contra o Governo de Passos Coelho".

Costa destacou ainda os números de emprego que "dão conta da mais baixa taxa de desemprego em anos", adiantando ainda que o país está a inverter um ciclo de desaceleração da economia e vai cumprir as metas orçamentais para este ano.

"Eu por mim ancoro-me naquilo que são os números da expectativa relativamente ao investimento que o Instituto Nacional de Estatística tem apresentado, no esforço que estamos a fazer para recuperar os dois anos de atraso que existiram na execução dos fundos comunitários (…) e naquilo que é o reforço da confiança que, quer os consumidores, quer os empresários do setor industrial e da construção têm vindo a revelar no futuro do nosso país", disse o primeiro-ministro.

Costa defendeu ainda que é preciso apostar "no sentido de confiança no futuro", considerando que "é isso que é essencial” para dar solidez à “inversão da trajetória económica depois de quatro anos de austeridade que fizeram o país recuar décadas em matéria de investimento, de emprego e criação de riqueza".

"Agora é a altura de reconstruir do país. É isso que estamos a fazer", vincou.

No domingo à noite, no discurso da ‘rentrée’ do PSD, o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, disse que a solução de Governo do PS, com apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, "está esgotada", considerando que o executivo socialista "só sabe fazer o que é fácil, e o que é difícil, o que exige alguma coragem, o que exige algum reformismo, isso não mora neste Governo".

"Esta 'troika' governativa só sabe fazer o que é fácil. Depois do que é fácil, acabam-se as boas ideias", realçou, referindo que o atual Governo "não tem nada para oferecer do ponto de vista económico, a não ser estagnação e, eventualmente, o conflito com credores, com as instituições europeias e com os investidores".

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