“Neste momento estão agendados os dois primeiros eventos teste, serão em Braga, ainda no final deste mês de abril”, disse esta quinta-feira, na SIC Notícias, a ministra da Cultura, Graça Fonseca. “O nosso compromisso é de abrir os equipamentos culturais como eles encerraram e a partir daqui trabalhar para identificar as condições de progresso das condições para podermos estar em eventos ao vivo — sempre, naturalmente, de acordo com a evolução da pandemia”.

A ministra recorda que outros países, tal como Espanha, fizeram eventos deste género, que são importantes porque com estes eventos, um sentado, outro em pé, “vai ser possível à Direção-Geral da Saúde depois fazer a avaliação das pessoas que estiveram nestes eventos”.

Nestes dois primeiros eventos estarão cerca de quatro centenas de pessoas, sendo este número posteriormente aumentado, referiu ainda Graça Fonseca, no dia em que foram anunciadas medidas para o setor das artes, após um conselho de ministros temático, em Mafra.

Este ano, em 15 de janeiro, todos os equipamentos culturais voltaram a encerrar, no âmbito das medidas de confinamento decretadas pelo Governo para conter a pandemia da covid-19.

Entretanto, as atividades culturais começaram a ser retomadas, faseadamente, a 15 de março, dia em que puderam reabrir livrarias, lojas de discos, bibliotecas e arquivos.

No que ao setor da Cultura diz respeito, a 5 de abril puderam reabrir museus, monumentos, palácios, galerias de arte e estabelecimentos similares.

No início desta semana, com a terceira fase de desconfinamento, puderam reabrir teatros, auditórios, salas de espetáculos e cinema, e passaram a poder ser retomados os “eventos no exterior, sujeitos a aprovação da Direção-Geral da Saúde”.

Só a 3 de maio, poderão voltar a realizar-se “grandes eventos exteriores e interiores, sujeitos a lotação definida” pela Direção-Geral da Saúde, o que pode vir a incluir festivais.

Na apresentação do ‘plano de desconfinamento', em 11 de março, o primeiro-ministro, António Costa, salientou que o processo de reabertura “está sujeito sempre a uma reavaliação quinzenal, de acordo com a avaliação de risco” adotada.