Se por um lado, a Associação Nacional de Diretores de Escolas (ANDE) compreende que a medida pode reforçar a segurança, por outro, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) não verifica vantagens na medida, noticia o Público.

A utilização de máscaras não é obrigatória para crianças com menos de dez anos, mas na semana passada o Ministério da Educação deu indicações para que as escolas comprassem um kit com três máscaras comunitárias para o 1.º ciclo, justificando a medida como “prudência, cabendo aos respetivos encarregados de educação a decisão sobre a sua utilização", sendo a sua utilização voluntária.

O presidente da ANDE, Manuel Pereira declarou que as regras adotadas no 1.º período “dão confiança” de que o regresso ao ensino presencial decorrerá nas melhores condições e que as escolas “vão tentar reforçar [a segurança] através da utilização de máscaras" pelos alunos do 1.º ciclo. “Estamos a trabalhar para ter a colaboração dos encarregados de educação nesse sentido”, assegura.

O presidente da Confap, Jorge Ascensão, confirmou uma divisão também entre os pais sobre a questão e que têm chegado à confederação preocupações de vários encarregados de educação que são contra a utilização de máscaras pelos mais novos.

“Não temos, neste momento, dados científicos objectivos que nos digam que o uso de máscaras nestas idades é mais vantajoso”, explicou, ressalvando que se for dada essa indicação pela Direcção-Geral da Saúde, os pais “terão de aceitar” a decisão.

Os alunos do 1.º ciclo vão regressar às escolas na próxima segunda-feira, bem como crianças das creches, pré-escolar e ATL para as respetivas idades.