A informação foi transmitida à imprensa pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, após a reunião plenária daquele órgão, realizada durante a madrugada de hoje.

O mau tempo e a avaria de meios aéreos impediu a organização das assembleias de voto em causa, pelo que os delegados de lista foram já notificados para a realização da votação nas localidades em causa apenas no sábado, 26 de agosto, adiantou a responsável.

Contudo, frisou Júlia Ferreira, a retoma do processo eleitoral nestas localidades não constitui impeditivo para a divulgação dos resultados provisórios, ainda durante o dia de quinta-feira, tão logo a CNE tenha em sua posse as atas sínteses provenientes das diversas assembleias de voto.

O secretário do Bureau Político do MPLA para as questões políticas e eleitorais, João Martins, anunciou hoje que vitória daquele partido, no poder em Angola desde 1975, nas eleições gerais de quarta-feira é "inequívoca, praticamente incontornável".

O responsável falava aos jornalistas na sede nacional do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em Luanda, no final de uma reunião destinada a fazer o balanço preliminar das eleições gerais, cujas assembleias de voto fecharam às 18:00 de quarta-feira.

"A vitória do MPLA é inequívoca, praticamente incontornável e ela está-se a consolidar em termos numéricos e acreditamos que nas próximas horas já podemos começar a anunciar os números que são ansiados pelos cidadãos", disse João Martins, na mesma declaração, logo após o cabeça-de-lista e vice-presidente do partido, João Lourenço, ter abandonado a sede do partido.

Numa altura em que decorre o escrutínio das 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, o responsável do MPLA afirma que a vitória do partido "está a ser confirmada a cada passo".

Mais de 9,3 milhões de angolanos estavam inscritos para escolherem quarta-feira, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integrou qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18:00.

Esta votação envolve a eleição direta do parlamento (220 deputados) e indireta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.