À entrada do mercado de Alvalade, em Lisboa, onde chegou a bordo do autocarro de campanha do PSD, com a Juventude Social-Democrata, Rui Rio tinha à sua espera vários dos candidatos por Lisboa, como Filipa Roseta ou Marques Guedes, mas também o antigo ministro Mira Amaral e Nunes Liberato, que foi chefe da Casa Civil de Cavaco Silva, bem como a histórica militante por Lisboa Virgínia Estorninho.

O atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, - que já admitiu que poderá ser candidato à liderança do PSD contra Rio e que ficou fora das listas de deputados - era outro dos que esperava o líder do PSD, a par do antigo secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, que apoiou Rio contra Santana Lopes nas anteriores diretas, mas também tem criticado opções da atual direção.

A ambos, o líder do PSD cumprimentou apenas com um aperto de mão. Mais tarde, questionado pelos jornalistas, Rio não repetiu críticas que fez durante a campanha, quando acusou alguns de hipocrisia por o criticarem e agora aparecerem na campanha.

“Se já falei uma vez não vou falar mais, está falado”, disse, assegurando não ficar incomodado com a sua presença, “bem pelo contrário”.

“Não tinha pensado em quem estava ou não estava, mas tudo bem, acho bem”, acrescentou ainda.

Já Pinto Luz justificou a sua presença por ter “mais de 25 anos de militância” e sempre ter feito campanha pelo PSD, dizendo que esteve nos últimos dias em Almada e Cascais.

“Estou porque sempre estive, porque o PSD precisa de todos”, disse, recusando-se a comentar o que Rio disse durante a campanha sobre os críticos.

O antigo líder da distrital de Lisboa preferiu realçar que hoje, último dia de campanha, “é um dia de congregação, união e reunião do PSD”, e fez um apelo para que todos votem no domingo.

“Não podemos continuar presos de um PS que é refém de esquerdas estatizantes e imobilistas”, disse.

Também José Eduardo Martins justificou a sua presença por ser necessário “eleger muitos deputados em Lisboa”

“Estamos com uma recuperação como nunca vi nenhum partido em campanha fazer”, salientou, e, questionado se chega para a vitória, lembrou que há quatro anos, inesperadamente, “chegou”.