João Pedro Fins do Lago falava no domingo, no Centro Português de Caracas, nas celebrações do Dia da Região Autónoma da Madeira, durante as quais sublinhou a importância das operações aéreas entre ambos países para as relações bilaterais.

“Quando aqui cheguei, há pouco mais de um ano, em finais de maio do ano passado, não havia nenhuma ligação entre a Venezuela e Portugal. Pouco tempo depois, a TAP retomou uma ligação semanal. Rapidamente aumentou a oferta para duas ligações por semana”, disse.

Neste momento, a companhia aérea portuguesa “opera três voos semanais entre Caracas e Lisboa”, indicou. “Continuando com um trabalho que vinha de trás com as nossas autoridades e com a administração da TAP encorajei ativamente”, acrescentou o diplomata.

“Permito-me, no entanto, continuar a recordar e nunca me cansarei de insistir neste tema que é a origem da maior parte dos portugueses na Venezuela e a Madeira. Por isso, é importante que se possa estudar a ligação entre Caracas e o Funchal. É um anseio típico dos portugueses que aqui estão”, sublinhou.

Por outro lado, anunciou que em breve chegará à Venezuela uma nova cônsul-geral para a área da circunscrição consular de Valência, que “cobre o Ocidente do país, onde residem muitos portugueses, incluindo um grande número de madeirenses, assim como de lusodescendentes, em particular nos estados de Arágua, Carabobo e Lara”.

“Estou certo de que esta nomeação contribuirá para reforçar a proximidade entre a nossa comunidade e Portugal”, frisou.

O diplomata saudou ainda a colocação “para breve de um adido social na Embaixada” de Portugal em Caracas: “mais um passo concreto no sentido de se aumentar a atenção, seguimento e apoio de que necessitam aqueles que, vivem em dificuldades e pertencem à nossa comunidade”.

“Esta nomeação é consistente com a prioridade que o Estado dá ao apoio social aos portugueses carenciados na Venezuela, que se materializa, entre outras medidas, na atribuição de subvenções a instituições que prestam serviço social aos nossos concidadãos, assim como na concessão de apoios aos idosos carenciados e aos emigrantes carenciados, àqueles que enfrentam dificuldades pontuais”, disse.

“O trabalho de um adido social permitirá identificar com mais detalhe as necessidades da nossa comunidade, apoiando os que precisam e ajudando aqueles que ajudam”, disse.

O diplomata começou a intervenção a explicar que “celebrar a Madeira e as suas gentes é celebrar a diversidade e a riqueza de Portugal”, a “autonomia da Região que tanto progresso trouxe aos madeirenses”.

Por outro lado, elogiou “a audácia, espírito de iniciativa, a coragem e o esforço do trabalho honesto” dos portugueses: “a Venezuela de hoje não seria a mesma sem o vosso contributo”.

“Mesmo nos tempos mais difíceis, num passado recente, vós não voltastes as costas a este país e a este povo que vos recebeu de braços abertos. E isso, minhas senhoras e meus senhores, foi corajoso, e é vos reconhecido”, disse.