Segundo confirmou à agência Lusa a professora Sandra Silva, adjunta da direção da Escola Secundária de Mem Martins, no Alto do Forte, na freguesia de Rio de Mouro, a forte chuva provocada pela depressão Aline causou a inundação “no acesso às salas de aula”.

A direção da escola, que funciona como sede do agrupamento de escolas de Mem Martins, no distrito de Lisboa, decidiu encerrar o estabelecimento durante o período da tarde, até que a inundação seja resolvida.

“Estamos à espera que a Parque Escolar, que é responsável pela parte das instalações, envie alguém para desobstruir o sistema de escoamento de água”, explicou a adjunta da direção, estimando em “cerca de 700 os alunos” afetados pelo fecho do estabelecimento de ensino durante a tarde.

A mesma fonte acrescentou que, apesar da forte intensidade da chuva, não se registaram mais problemas nas salas de aula ou noutros espaços da escola.

Todos os distritos de Portugal continental estão desde as 06:00 de hoje sob aviso laranja devido à chuva, vento e agitação marítima fortes.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje, com a passagem da depressão Aline, vento de sudoeste, tornando-se gradualmente forte nas regiões Centro e Sul desde o início da manhã, com rajadas que poderão atingir os 110 quilómetros por hora (km/h), em especial no litoral a sul do Cabo Mondego e incluindo a costa sul do Algarve, e nas serras destas regiões.

O IPMA indica que localmente poderão ocorrer rajadas pontualmente superiores aos 110 km/h, bem como fenómenos extremos de vento.

Quanto à chuva, o IPMA já previa que se estendesse a todo o território a partir da madrugada, com início nas regiões do Norte e Centro, aumentando de frequência e intensidade a partir da manhã.

A Proteção Civil registou, entre as 00:00 e as 13:30 de hoje, 1214 ocorrências relacionadas com o mau tempo em Portugal continental, que nas últimas horas se intensificou na região de Lisboa, sem causar vítimas.

Em declarações à agência Lusa, o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que naquele período foram registadas no continente 1.214 ocorrências, sendo que a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a zona mais afetada, com 519 ocorrências.

“Das 12:00 até às 13:30, a área mais afetada foi efetivamente Lisboa, sendo que a Grande Lisboa contabilizou 155 ocorrências, seguida do distrito de Setúbal com 67 ocorrências”, disse.

Estas ocorrências são essencialmente inundações, seja de vias, de entradas para garagens, caves ou lojas, limpezas de via para repor a normalidade, quedas de estruturas e também quedas de árvores com um número expressivo, sem causar vítimas, acrescentou.