Por seu lado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Adrienne Watson denunciou, na segunda-feira à noite, "uma série de ataques imprudentes e imprecisos".

"Nenhum elemento, nem qualquer instalação norte-americana foram atingidos", acrescentou.

O Irão lançou ataques contra alvos ligados ao grupo extremista Estado Islâmico [EI] e “espiões do regime sionista [Israel]” na Síria e no Iraque, onde atingiu uma área perto do consulado dos Estados Unidos, no Curdistão iraquiano.

Os Guardas da Revolução identificaram "os locais de reunião dos comandantes e elementos-chave ligados às recentes operações terroristas", particularmente do EI, "nos territórios ocupados da Síria que destruiu, disparando um determinado número de mísseis balísticos”, pode ler-se no Sepah News, o 'site' oficial desta divisão de elite das forças armadas iranianas.

A nota sobre este bombardeamento especificou, em concreto, que esta foi uma resposta ao duplo ataque perpetrado no início de janeiro no Irão e reivindicado pelo EI.

O grupo extremista EI reivindicou, no início deste mês, dois atentados suicidas contra uma comemoração de um general iraniano morto num ataque de ‘drones’ nos EUA em 2020.

O ataque, que ocorreu em Kerman, matou pelo menos 84 pessoas e feriu 284 numa cerimónia em homenagem ao general Qassem Soleimani.

Os ataques ocorrem num momento de tensões na região e de receios de repercussões mais amplas da guerra em curso em Gaza, entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Desde o início da guerra Israel-Hamas, em 07 de outubro, milícias apoiadas pelo Irão no Iraque lançaram ataques quase diários de ‘drones’ contra bases que abrigam forças dos EUA no Iraque e na Síria, no que os grupos disseram ser uma retaliação ao apoio de Washington a Israel e uma tentativa de forçar as tropas dos EUA a deixarem a região.