“Crio novas medidas de controlo para manter os terroristas islâmicos radicais fora dos Estados Unidos. Nós não os queremos cá”, insistiu o Presidente norte-americano durante a cerimónia, no Pentágono, da tomada de posse do seu secretário da Defesa, James Mattis.

O decreto intitulado “Proteção da Nação contra a entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos” era esperado desde quarta-feira, quando o jornal Washington Post divulgou um projeto do documento.

“Isto é uma coisa em grande”, disse o Presidente, perante a hierarquia militar reunida no Pentágono.

“Queremos assegurarmo-nos de que não deixaremos entrar no nosso país as mesmas ameaças que os nossos soldados combatem no estrangeiro (…). Não esqueceremos jamais as lições do 11 de setembro” de 2001, adiantou Trump, numa alusão aos atentados realizados nos Estados Unidos pelo grupo extremista Al-Qaida.

A Casa Branca não revelou hoje o conteúdo do decreto, mas segundo o projeto divulgado pelo Washington Post, as autoridades norte-americanas vão suspender por pelo menos 30 dias a emissão de vistos para os cidadãos de sete países muçulmanos: Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria ou Iémen.

O texto deverá também prever a suspensão durante quatro meses do programa federal de admissão e reinstalação de refugiados de países em guerra, um programa humanitário ambicioso criado por uma lei do Congresso em 1980.

Os refugiados sírios, que fugiram aos milhões do conflito no seu país, serão permanentemente proibidos de entrar nos Estados Unidos. Foram acolhidos 18.000 desde 2011.

De 1 de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016, os Estados Unidos acolheram 84.994 refugiados de várias nacionalidades, incluindo cerca de 10.000 sírios.

A administração de Barack Obama tinha previsto como objetivo os 110.000 refugiados para o exercício orçamental seguinte, mas a de Donald Trump visará apenas 50.000, de acordo com o projeto de decreto.

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