“Tenho o prazer de anunciar que o procurador especial Robert Mueller vai testemunhar publicamente perante a Comissão Judiciária e a Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes a 17 de julho, após uma convocação feita esta noite [terça-feira]”, publicou na rede social Twitter o presidente da Comissão Judiciária, Jerry Nadler.

“Robert Mueller concordou em testemunhar no Congresso”, escreveu, por sua vez, também no Twitter, o presidente da comissão de inteligência, Adam Schiff.

“A Rússia atacou a nossa democracia para ajudar Trump a vencer. Trump saudou favoravelmente a ajuda e usou-a. Como Mueller disse, isso deve preocupar todos os norte-americanos. Agora, todos os norte-americanos poderão ouvir Mueller, diretamente”, acrescentou.

No seu relatório de investigação de mais de 400 páginas, Robert Mueller detalhou os muitos contactos estabelecidos entre Moscovo e a equipa de campanha do agora Presidente dos Estados Unidos, mas concluiu não ter provas suficientes para acusar criminalmente Donald Trump.

Robert Mueller, contudo, relatou pressões perturbadoras na sua investigação efetuadas pelo Presidente norte-americano.

Do lado dos democratas, várias vozes levantaram-se para exigir a abertura dos procedimentos necessários para se tentar destituir Trump.

No final de maio, Robert Mueller quebrou o silêncio a que se remetera, para surpresa de todos, para explicar que as suas investigações não tinham ilibado Donald Trump, mas sublinhou que o Congresso tinha competência para responsabilizar o Presidente pelos seus atos.