"A concretização de um acordo está nas mãos de Manuel Pizarro. Assinalamos o aparente aproximar de posições, mas não nos deslumbramos sem que haja garantia de igualdade para todas e todos os médicos, em termos salariais e de condições de trabalho, sem perda de direitos e sem colocar em risco a segurança de médicos e utentes", diz a FNAM que mantém "a greve de 17 e 18 de outubro e a manifestação de dia 17, às 15h, no Ministério da Saúde, para que a defesa da carreira médica e do SNS sejam uma realidade".

Esta tarde, o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos estiveram reunidos com a tutela, um mês depois da última ronda negocial extraordinária, que terminou sem acordo.

Da reunião, o Ministério da Saúde apresentou uma proposta com um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

A FNAM reage esperando que "as promessas se cumpram e não fiquem "pelas intenções apresentadas em slides e previamente divulgadas à Comunicação Social".

Ainda no comunicado, a FNAM convida para a manifestação o Sindicato Independente dos Médicos, os Médicos em Luta e a Ordem dos Médicos, para que juntos continuem "a exigir um programa capaz de concretizar, de uma vez por todas, a fixação de médicos no SNS".

"Estaremos presentes na reunião agendada pelo Ministério da Saúde na próxima quinta-feira, dia 19, às 15h30, para, de boa fé, com a expectativa de poder celebrar um acordo histórico, à altura de salvar a carreira médica e o SNS. Sabemos que não há SNS sem médicos, que somos os médicos de toda a população, pelo que continuaremos a lutar por um SNS universal, acessível e de qualidade", termina.