Numa reunião na sexta-feira em Nova Iorque, Guterres sublinhou “a importância da contribuição iraniana” a este respeito, depois de na quinta-feira o próprio Abdolahian ter oferecido explicitamente a mediação do seu país para conseguir a libertação desses reféns “civis”, especificou.

De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do português, Abdolahian disse que o Hamas — um movimento com o qual o seu país mantém estreitas relações — exigiria em troca a libertação de cerca de seis mil prisioneiros palestinianos atualmente em prisões israelitas.

Por outro lado, Guterres discutiu também com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano os esforços que estão a ser feitos para evitar uma repercussão regional do conflito e, “em particular, em relação ao Líbano”, onde o movimento Hezbollah, outro aliado próximo do Irão, já realizou alguns ataques a partir do sul do país contra Israel nos últimos dias.

O movimento islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, impondo um cerco total a Gaza, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade e bombardeamentos que já mataram mais de 7.300 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.