“O que me preocupa profundamente é o facto de termos perdido a nossa bússola moral em relação a Gaza, enquanto humanidade, enquanto comunidade internacional”, afirmou a responsável, em conferência de imprensa.

Segundo Amina Mohammed, há urgência em avançar com ações, já que “milhares de crianças continuam a perder a vida, a viver amputadas”.

“E centenas de pessoas estão à espera de regressar a casa, os reféns”, insistiu a adjunta do português António Guterres, que tem apelado a um cessar-fogo imediato.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33 mil mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.