A imagem foi captada na segunda-feira pelo satélite Sentinel-2, do programa europeu de observação da Terra Copernicus, mostrando uma área já devastada pelo fogo, a zona a arder, e uma nuvem de fumo denso que se estende para o mar e que a norte sobe quase até Vila Nova de Milfontes.

A imagem em cores reais foi sobreposta com informações dos canais de infravermelhos de ondas curtas dos instrumentos do satélite, para destacar as fontes emissoras de calor que, neste caso, se podem associar à frente de fogo.

O incêndio, que deflagrou no sábado em São Teotónio, concelho de Odemira, era ao início da tarde de hoje o mais preocupante, com uma área ardida de cerca de 7.000 hectares.

O comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse que devido ao incêndio foram evacuadas 20 povoações e um parque de campismo, num total de 1.424 pessoas deslocadas, sendo que a maioria, retirada preventivamente do parque de campismo São Miguel, já regressou.

A ESA lembra as temperaturas elevadas dos últimos dias em Portugal e diz que nas últimas semanas outros países do sul da Europa se têm confrontado com temperaturas elevadas e incêndios.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial julho de 2023 terá sido o mês mais quente de que há registo, lembra ainda a ESA em comunicado.