A informação foi hoje avançada à agência Lusa pelo presidente daquela autarquia do distrito de Leiria, António Lopes, depois de ter sido contactado ao final da tarde pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A informação também já tinha sido avançada pelo primeiro-ministro. Numa mensagem no Twitter publicada esta manhã, na qual evocou a memória das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro indicava que seria a Câmara Municipal a fazer o agendamento da homenagem, tendo a publicação sido alterada ao início da tarde, esclarecendo que essa decisão caberia à CIM, em acordo com as famílias das vítimas.

Questionado pela agência Lusa a meio da tarde, com base na informação inicial, António Lopes disse que não dependia da Câmara a inauguração do memorial, que abriu na quinta-feira, junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, com o nome das 115 vítimas mortais dos fogos naquele ano, sem qualquer cerimónia.

A presidente da Associação de Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande, Dina Duarte, também confirmou à agência Lusa que foi contactada ao final da tarde pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para participar na escolha da data de inauguração do memorial.

Da autoria do arquiteto Souto Moura, o Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017 inclui um lago de enquadramento, com cerca de 2.500 metros quadrados de área, alimentado por uma gárgula com 60 metros de extensão, sendo bordejado por uma faixa de plantas constituída por nenúfares brancos, lírios e ranúnculos.

Segundo a IP, dona da obra, “o memorial inclui também, como peça fundamental, um muro com a inscrição do nome de cada uma das 115 pessoas vitimadas nos incêndios florestais de junho e outubro de 2017”. O memorial representou um investimento de 1,8 milhão de euros do Governo.