O INE definiu quatro cenários de projeção da população: cenário baixo, cenário central, cenário alto e cenário sem migrações, com base em diferentes conjugações das hipóteses alternativas de evolução das componentes de evolução demográfica.

De acordo com o cenário central da projeção, entre 2015 e 2080, Portugal passará dos atuais 10,3 para 7,5 milhões de pessoas.

O número de jovens diminuirá de 1,5 para 0,9 milhões e os idosos de 2,1 para 2,8 milhões.

Face ao decréscimo da população jovem, a par do aumento da população idosa, o índice de envelhecimento mais do que duplica, passando de 147 para 317 idosos, por cada 100 jovens, em 2080.

Segundo a projeção do INE, o índice de envelhecimento só tenderá a estabilizar na proximidade de 2060, quando as gerações nascidas num contexto de níveis de fecundidade abaixo do limiar de substituição de gerações já se encontrarem no grupo etário dos 65 ou mais anos.

Estas tendências, acrescenta o INE, são em geral transversais a todas a regiões (Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo, Algarve e regiões autónomas da Madeira e dos Açores).

Esta análise como população de base a estimativa provisória de população residente a 31 de dezembro de 2015.

Segundo o INE, os resultados obtidos não devem ser entendidos como previsões, mas sim com um caráter condicional, uma vez que são determinados pelo volume e pela estrutura da população no momento da partida (2015) e pelos diferentes padrões de comportamento da fecundidade, da mortalidade e das migrações, estabelecidos em cada um dos cenários, ao longo do período de projeção.

Em 2025 e no cenário central, a população residente em Portugal será de 10,1 milhões, sendo que dez anos depois será de 9,9 milhões e em 2055 de 8,9 milhões.

Uma projeção de 2014 também do INE apontava que a população residente em Portugal tenderia a diminuir quase dois milhões de pessoas até 2060, passando de 10,5 milhões, em 2012, para 8,6 milhões.