“Vamos esperar pelo 10 de março [dia das eleições legislativas antecipadas], vamos ver os resultados. Já tenho oito anos da minha vida entregues à causa pública, mas estou sempre disponível para servir o país, seja em funções governativas seja na minha vida académica”, disse o ministro, quando questionado sobre a sua disponibilidade, tendo em conta que manifestou apoio ao candidato Pedro Nuno Santos para próximo secretário-geral do PS.

Sobre o que responderia se fosse desafiado a continuar no cargo, João Costa disse tratar-se ainda “de especulação”, sublinhando que preferia que o país não estivesse a atravessar a atual crise política, até porque havia um programa para cumprir até 2026.

Apesar de lamentar a atual situação política, João Costa considerou “muito digna” a atitude de António Costa de se demitir.

O ministro, que apoia a candidatura de Pedro Nuno Santos a secretário-geral do PS, disse estar “disponível para colaborar com ele em tudo o que for necessário”, garantindo ainda ter energia que “pode ser bem aplicada, seja em funções governativas seja noutras funções, seja na minha vida como professor”.

Sobre a eventual introdução nos programas eleitorais da recuperação do tempo de serviço dos professores, principal reivindicação dos docentes, o ministro disse ser preciso esperar, apesar de ver em Pedro Nuno Santos um “candidato fortemente preocupado e comprometido com a qualidade dos serviços públicos e com as questões relacionadas com os salários”.

“Vamos aguardar pela apresentação das moções estratégicas para ver o que os dois candidatos vão propor sobre as carreiras, no geral, e dos professores, em particular. Sou um otimista e quero crer que seja quem for o vencedor se vai continuar um trabalho de valorização da função pública”, afirmou.

Já sobre uma eventual vitória do candidato José Luis Carneiro nas eleições internas do PS, João Costa não se mostrou preocupado, defendendo que “o PS tem dois excelentes candidatos”.