“Para já, não vemos premissas, motivos ou esperanças de que haja mudanças positivas no futuro próximo [nas relações com o Reino Unido]”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, quando questionado sobre a relação com Londres após a vitória de Sunak na corrida à liderança do Partido Conservador (CP) britânico, na segunda-feira, e ao cargo de primeiro-ministro.

A 21 de outubro, o Kremlin garantiu que a renúncia de Liz Truss, antecessora de Sunak que esteve apenas seis semanas no cargo, é “um assunto interno do Reino Unido”.

“Ao contrário de outros países, não estamos acostumados a envolver-nos nos assuntos de outras pessoas”, disse o porta-voz do Kremlin na ocasião.

Por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, felicitou Sunak e manifestou a disponibilidade de Kiev para “continuar a reforçar” a cooperação bilateral.

“Desejo-lhe sucesso na superação de todos os desafios que a sociedade britânica e o mundo inteiro enfrentam hoje. Estou pronto para continuar a fortalecer a parceria estratégica ucraniano-britânica”, disse Zelensky na rede social Twitter, dirigindo-se a Sunak.

Numa mensagem também no Twitter, o Presidente francês, Emmanuel Macron, endereçou “felicitações” ao novo primeiro-ministro britânico.

“Parabéns a Rishi Sunak por se tornar primeiro-ministro do Reino Unido. Juntos vamos continuar a trabalhar para enfrentar os desafios do momento, incluindo a guerra na Ucrânia e suas múltiplas consequências para a Europa e para o mundo”, escreveu o chefe de Estado francês.

Sunak substitui Liz Truss, que liderou o Governo desde 06 de setembro e que hoje apresentou formalmente a sua demissão ao rei Carlos III.

Rishi Sunak torna-se o primeiro líder do Partido Conservador britânico e chefe do Governo do Reino Unido de origem indiana e asiática, o primeiro hindu e o mais jovem da história moderna do país.