"Conseguimos juntar 57 pessoas. Consideramos que foi um sucesso. Conseguimos o que pretendíamos. Sensibilizar para a necessidade de se acabar com estes espetáculos bárbaros”, afirmou hoje à Lusa, a porta-voz do movimento cívico, Liliana Marques.

“Da nossa parte, a ação foi pacífica. Registaram-se algumas tentativas de provocação, mas a polícia ajudou imenso para que tudo corresse sem violência. A PSP foi fantástica. Conseguiu sempre controlar a situação", acrescentou.

O protesto decorreu durante cerca de duas horas, junto à Expolima. Os ativistas empunharam pequenos cartazes e envergaram camisolas com as palavras de ordem, como por exemplo: "Vamos mudar a tradição, Ponte Lima sem touradas".

Contactado pela Lusa, o segundo comandante da PSP, Raul Curva adiantou que "a iniciativa contou com a participação de mais de meia centena de manifestantes".

O responsável acrescentou que "ocorreram algumas injúrias e foi identificada uma pessoa. Foi um protesto pacífico".

O protesto começou cerca das 17:30. Os ativistas "começaram a desmobilizar cerca das 19:00".

A ação foi convocada através das redes sociais, numa página criada para o efeito, intitulada "Ponte de Lima Sem Tauromaquia".

Na publicação, o movimento cívico refere que Ponte de Lima "tem tradições e costumes que, em pleno século XXI, não fazem sentido algum, como maltratar animais para divertimento do ser humano", apelando à participação de "todos os que são contra um ato bárbaro, doentio, psicopata e sádico" naquela concentração.

O espetáculo tauromáquico decorreu numa arena amovível instalada no recinto da Expolima, numa organização da Associação Concelhia das Feiras Novas, romaria que termina na segunda-feira.

As corridas de touros regressaram ao programa das Feiras Novas, em 2014, depois de oito anos de interregno.