“A haver irritação é por me parecer curto o crescimento. Um país que estava em recuperação devia ter tido em 2016 uma taxa de crescimento superior à que teve em 2015”, sustentou, numa resposta implícita às declarações do líder socialista no fim de semana.

Maria Luís Albuquerque falava aos jornalistas à margem da palestra “Economia para mim” que hoje foi proferir para alunos do ensino secundário na Escola Mário Sacramento, em Aveiro, numa iniciativa que considerou importante para a educação financeira dos jovens.

Confrontada com a afirmação de António Costa, enquanto líder do PS, de que a direita está irritada com os resultados conseguidos de redução do défice, aumento do investimento, redução do desemprego e diminuição da dívida, sob a égide do ministro das Finanças, Mário Centeno, Maria Luís Albuquerque respondeu que “o que pode irritar (nos últimos dados sobre a economia) é terem ficado abaixo e não acima do que era previsível”.

Já sobre o tema da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, disse que o PSD e CDS, na altura própria e no parlamento, comunicarão a sua posição, escusando-se a comentar quem entende que deverá ser ouvido em audição.

“É um assunto sério, que envolve um caso em que há um conjunto de circunstâncias que democraticamente são preocupantes, que têm a ver com acordos que terão sido feitos e foram negados, com o facto de ter havido uma lei-medida, o que é algo que a Constituição proíbe, feita por advogados do beneficiário desta, e em que os consultores foram suportados pela Caixa Geral de Depósitos. Tudo isso deve ser cabalmente esclarecido”, sublinhou.

“Hoje posso mesmo anunciar que se [os partidos da oposição] já estavam irritados com a descida do desemprego, com o crescimento da economia, se já estavam irritados com o facto de termos o melhor défice de sempre, pois ainda ficarão mais irritados porque hoje posso dizer que na semana passada demos um passo muito importante, porque pagámos mais 1.700 milhões de euros da nossa dívida ao FMI e a nossa dívida é hoje um ponto percentual do PIB mais baixo que o que era há uma semana atrás”, disse António Costa, no sábado, ao falar na apresentação da candidatura socialista à Câmara de Espinho nas próximas autárquicas.

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