António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do PS, assumiu que a maioria absoluta é o objetivo eleitoral dos socialistas para as eleições legislativas que se vão realizar no dia 30 de janeiro.

Depois de ter fugido várias vezes a assumir uma meta, numa entrevista à CNN, que vai ser transmitida esta segunda-feira à noite, mas da qual já foi divulgado um excerto, Costa afirmou que pretende conseguir eleger, pelo menos, 116 deputados na Assembleia da República, número que configura a maioria num Parlamento com 230 eleitos, mas sem nunca utilizar a expressão propriamente dita.

“O que eu acho que é fundamental para o país, já que me pergunta, é que haja uma estabilidade para um governo para quatro anos”, diz António Costa. Uma maioria absoluta? “Sim”. A palavra queima? “Não é uma questão de queimar, maioria é maioria. O que é que é maioria? É metade mais um. Pronto, é isso”, responde à jornalista.

Nas últimas eleições legislativas, realizadas em 2019, o Partido Socialista conseguiu uma maioria (36,34% dos votos, o que equivale a 108 deputados), mas não uma maioria absoluta, o que obrigou o partido a continuar a governar com base na solução encontrada em 2015, ou seja com o apoio parlamentar do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

No entanto, sem um acordo escrito, como aconteceu há seis anos, as negociações e os apoios não tiveram a mesma efetividade de outrora. Para evitar a mesma instabilidade, António Costa assume pela primeira vez o objetivo de conseguir os votos suficientes para governar sozinho nos próximos quatro anos.