Sem citar diretamente as conclusões de um relatório da polícia federal, que indicou que Temer e outros membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) fariam parte de uma organização criminosa, a nota da presidência, assinada pela assessoria de comunicação do Palácio do Planalto, diz que “garantias individuais estão a ser violentadas, diuturnamente, sem que haja a mínima reação”.

“Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las. Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a existência de provas reais”, acrescenta.

No comunicado a presidência do Brasil acusa ainda os colaboradores das investigações sobre corrupção que mencionam Michel Temer de mentir.

Uma investigação da polícia federal brasileira concluída na última segunda-feira apontou que há indícios de que o Presidente e outros integrantes da cúpula do PMDB mantinham uma estrutura organizacional com o objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública.

Segundo o relatório das autoridades policiais, membros proeminentes do PMDB, incluindo Michel Temer, cometeram crimes como corrupção ativa, passiva, branqueamento de capitais, fraude em licitação e evasão de divisas.

Além de abalar a imagem do Governo, este relatório policial será usado na formulação de uma nova denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, contra Michel Temer.

O chefe de Estado já escapou de uma denúncia de corrupção – que não teve autorização do Congresso para prosseguir -, mas continua a ser investigado pelo Ministério Público brasileiro.