Segundo reporta a agência noticiosa France-Presse (AFP), os palestinianos, que vivem no norte deste território de 362 quilómetros quadrados e controlado pelo Hamas, considerado um grupo terrorista pela União Europeia (UEE), Estados Unidos e Israel, partiram de carro, mota, camião ou a pé.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, tinha recusado a retirada da população exigida por Israel, que ordenou a deslocação para o sul do enclave, medida que poderá indiciar uma ofensiva terrestre contra o território palestiniano

Desde o início das hostilidades, desencadeadas a 07 de outubro pelo ataque do Hamas, o mais mortífero da história de Israel, pelo menos 1.300 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas em Israel, segundo o exército.

O Hamas mantém também cerca de 150 reféns, 13 dos quais, “incluindo estrangeiros”, foram mortos nos ataques israelitas a Gaza, indicou hoje o movimento islamita.

Os bombardeamentos mataram 1.799 pessoas, das quais 583 crianças, segundo as autoridades locais.

Na manhã de hoje, o exército israelita apelou “à retirada de todos os civis da cidade de Gaza das suas casas para sul, para sua própria segurança”.

Na cidade de Gaza, folhetos em árabe lançados por ‘drones’ (aparelhos voadores não tripulados) israelitas apelavam aos residentes para abandonarem as suas casas “imediatamente”.

Centenas de pessoas começaram então a fugir por todos os meios, a pé, amontoadas em reboques de camiões, em carrinhos ou de carro.

O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, rejeitou o apelo à evacuação.

“O nosso povo palestiniano rejeita a ameaça dos dirigentes da ocupação e os seus apelos para que abandonem as suas casas e fujam para o sul ou para o Egito”, declarou

Durante a manhã, centenas de foguetes foram disparados de Gaza em direção ao território israelita, segundo um jornalista da AFP, tendo o exército israelita confirmado os disparos.

Na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestiniano, o número de palestinianos mortos em confrontos com as forças israelitas durante manifestações de solidariedade com Gaza subiu de cinco para pelo menos nove.