Na principal cidade da Catalunha, na praça Urquinaona, o lema da iniciativa é "Basta! Recuperemos a sensatez", e uma hora e meia antes do início previsto da marcha, já chegavam pessoas para participar no cortejo até à avenida em frente da estação de Francia, onde será lido um manifesto.

As manifestações ocorrem dois dias antes da deslocação do presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, ao parlamento com uma declaração de independência da Catalunha em cima da mesa, após a realização de um referendo considerado ilegal.

Políticos de vários partidos, como PP, Ciudadanos ou PSC aderiram à manifestação.

Em Paris, uma centena de pessoas manifestou-se para defender a unidade de Espanha, com bandeiras nacionais e para transmitir que os espanhóis "não estão sozinhos" e a sua mensagem é escutada no estrangeiro.

O protesto, que decorreu junto à sede do Instituto Cervantes, contou com a presença do novo embaixador de Espanha na França, Fernando Carderera.

"A sociedade catalã é uma sociedade plural" e catalão não é sinónimo de independentista, disse o embaixador, defendendo que o que aconteceu na Catalunha é "um golpe de Estado em câmara lenta", sendo "absolutamente intolerável em qualquer Estado de direito, em qualquer país democrático".

O caminho para ultrapassar a situação é "falar e falar de política, uma vez que se pare o golpe de Estado", referiu o diplomata, apontando "a grande responsabilidade do governo da Catalunha" quando se trata de "crispar" e "criar divisão".

A manifestação tinha sido organizada a título individual, sem a colaboração de organizações políticas, por Miguel Angel Castano e Edurado Cuna, que residem em Paris.

"Apoiamos os espanhóis catalães, a Espanha, e queremos paz e que Espanha continue unida como sempre esteve", salientou Miguel Angel Castano, um empresário filho de imigrantes espanhóis e nascido em França há 49 anos, que convocou a manifestação através da rede social Facebook.

Na mensagem que escreveu no Facebook, refere que Espanha deve saber que os emigrantes estão "unidos à nação" e que, embora não vivam no país, gostam dele "mais que tudo".

Entre as frases transmitidas na manifestação estão "Viva a Espanha e viva a Catalunha", "Não estão sozinhos" ou "Espanha, unida, jamais será vencida".