Na segunda-feira, o ministro sensibilizou os seus parceiros europeus no Luxemburgo para a necessidade de mais “apoio solidário da União Europeia” para Portugal enfrentar o problema da seca, que atinge particularmente os produtores pecuários.

Hoje, na primeira Cimeira de Inovação na Agricultura (Agri Innovation Summit 2007), que decorreu em Oeiras, e ao lado do Comissão Europeu com a pasta da Agricultura, Phil Hogan, o ministro português considerou que Bruxelas “está suficientemente sensibilizada”, mas que não está fechado nenhum apoio europeu adicional.

“Independentemente disso [o apoio europeu], o Ministério da Agricultura avançará nos próximos dias com algumas medidas adicionais de apoio. Não vou antecipar, porque estão em preparação, temos de consultar os parceiros, mas em muitos poucos dias, no início da próxima semana, estaremos em condições de anunciar alguns apoios direcionados quer para a questão da garantia do abeberamento dos animais, quer para a alimentação animal”, afirmou Capoulas Santos aos jornalistas no final da sua intervenção em Oeiras.

O ministro da Agricultura considerou que a Comissão Europeia “tem sido excecional” com Portugal, nas últimas crises relacionadas com o leite, os suínos e com os incêndios florestais, recordando que, em agosto, autorizou o Governo português “a antecipar 70% dos pagamentos, o que será feito antes do final do mês e permitirá transferir para os agricultores cerca de 400 milhões de euros de apoio”.

“Mas obviamente que a situação tem vindo progressivamente a agravar-se e o problema que se coloca agora com mais premência é a questão da alimentação animal, uma vez que parte dos ‘stocks’ que tinham sido reservados para o inverno estão a esgotar-se, houve perda de pastagens nas áreas ardidas e a seca tem sido inclemente”, disse o governante.

“É por isso que o Governo está a preparar algumas medidas e espera obter algum apoio da Comissão Europeia e do senhor comissário – que não veio aqui para fechar nenhuma negociação -, mas a Comissão está suficientemente sensibilizada”, considerou.

Por sua vez, o comissário europeu com a pasta da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, disse aos jornalistas que “enquanto a chuva não chega” Bruxelas está disponível “para trabalhar com o Governo português da melhor forma possível”.

Isso pode incluir, de acordo com Phil Hogan, “encontrar recursos financeiros adicionais no orçamento europeu para ajudar as populações nas zonas rurais”, que podem ser direcionados para a alimentação animal no inverno.

Além disso, acrescentou o comissário europeu, Bruxelas tem trabalhado conjuntamente para “aumentar as medidas de desenvolvimento rural e o adiantamento de pagamentos a pessoas afetadas pela seca e pelos fogos florestais”.

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