O autarca de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, indicou à agência Lusa que a medida, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PPR), no âmbito do programa 1.º Direito, integra a Estratégia Local de Habitação (ELH) do município.

“Serão adquiridas nove habitações devolutas dentro da área urbana da cidade e outras oito situadas nas freguesias rurais”, adiantou, referindo que o edital que prevê uma consulta ao mercado para a aquisição já foi aprovado pela assembleia municipal.

Segundo o presidente do município, o edital permite a possibilidade de compra de várias tipologias de casas e determina que o valor máximo de aquisição será de 1.085 euros por metro quadrado.

“Os interessados podem apresentar propostas de venda de imóveis, mas a câmara está também em contacto com imobiliárias, que irão também fazer ofertas, e, depois, o município decidirá quais as melhores tipologias para adquirir”, realçou.

Olímpio Galvão disse que o Serviço de Ação Social da câmara municipal identificou 129 agregados familiares a viver em condições indignas no concelho, abrangendo um total de 258 pessoas.

Algumas dessas famílias, salientou, “irão ser contempladas com estas habitações depois de recuperadas para lhes dar habitação condigna”, com “rendas a preços acessíveis e de acordo com a sua condição financeira”.

De acordo com o autarca, a medida deverá ser posta em prática no próximo ano e em 2025.

“Tudo terá de ficar pronto até ao início de 2026, que é o prazo do PRR”, recordou.

Com um investimento máximo previsto de 14,4 milhões de euros, a ELH de Montemor-o-Novo prevê também a reabilitação de outros 30 fogos que já fazem parte do parque habitacional do município, num investimento de 3,7 milhões de euros.

A estratégia abarca ainda a aquisição e reabilitação de uma unidade residencial, obras em 33 habitações que são propriedade de três instituições do concelho e apoio para 41 particulares realizarem intervenções nas suas residências.