A morte de Lesin, de 57 anos, a 4 de novembro de 2015, num hotel em Washington gerou várias especulações, principalmente depois de a investigação preliminar indicar como causa da morte lesões provocadas por golpes na cabeça, pescoço, tronco e extremidades.

No entanto, a investigação revelada na sexta-feira concluiu que os golpes que causaram a morte de Lesin foram resultado de quedas, provocadas por intoxicação etílica, fruto de “dias de ingestão excessiva de álcool”.

O ex-colaborador de Putin morreu “sozinho no seu quarto”, garante a investigação, dirigida pela polícia de Washington, Ministério Público do distrito de Colúmbia, em colaboração com o FBI, que examinou todos os vídeos de segurança do hotel.

Após concluir que a morte foi “acidental”, as autoridades norte-americanas encerraram a investigação.

Lesin foi ministro da Informação entre 1999 e 2004 e foi colaborador próximo do atual Presidente, Vladimir Putin, até ter aceitado em 2015 trabalhar com os órgãos de segurança norte-americanos contra o seu antigo chefe.

Em 2013, tornou-se o chefe da Gazprom-Media Holding, instrumento da empresa estatal de energia Gazprom, e controlou a estação radiofónica liberal Eco de Moscovo.

Lesin resignou um ano depois, invocando razões familiares.

Em 2014, um senador norte-americano, o republicano Roger Wicker, do Estado do Mississippi, apelou à realização de uma investigação a Lesin por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção.

“Que um funcionário público russo possa ter reunido avultados fundos necessários para adquirir e manter esses ativos na Europa e nos EUA levanta sérias questões”, escreveu então Wicker.