Na noite de dia 11 de julho, um grupo ligado à rede internacional "The Tyre Extinguishers", voltou a esvaziar pneus de automóveis SUV em Lisboa, tendo atingido cerca de 100 veículos nos bairros das Avenidas Novas, Telheiras e Roma-Areeiro, diz nota enviada às redações.

"Esta foi a terceira ação levada a cabo em Lisboa associada a esta rede, e voltou a atingir deliberadamente zonas ricas da cidade."

O movimento está ligado a um grupo ambientalista que nasceu no Reino Unido, em março do ano passado, e que se espalhou um pouco por todo o mundo. A forma de atuação deste grupo é esvaziar os pneus de grandes carros "SUV" e deixar uma nota com o título: "Atenção, o teu sugador de combustivel mata".

Foi o que encontraram os proprietários de cerca de 100 automóveis esta manhã em Lisboa quando viram os pneus dos seus carros completamente vazios.

Além da mensagem é também dado o alerta de que os "SUV" foram a "segunda maior causa do aumento de emissões de CO2 na última década, pelo que em plena crise climática são uma vaidade inaceitável", diz o comunicado.

De acordo com o site oficial do movimento, os membros deste grupo são "pessoas de todas as esferas da vida com um objetivo: tornar impossível possuir um enorme 4x4 poluente nas áreas urbanas do mundo. Estamos a defender-nos contra as mudanças climáticas, poluição do ar e condutores inseguros", referem.

"Para além dos impactos climáticos e de causarem mais poluição atmosférica, os "SUV", e veículos de tração às quatro rodas, estão associados a uma maior probabilidade de acidentes graves, e até mesmo fatais, como foi o caso do recente acidente trágico numa escola de Londres, que vitimou duas crianças e deixou várias feridas".

O movimento diz ainda que "tem como objetivo tornar impossível andar de "SUV" nas cidades" e diz que em algumas cidades europeias, como Paris, vai ser implementada uma taxa adicional sob o estacionamento de SUV.

"Estas medidas devem vir a par de políticas que desenvolvam massivamente e tornem acessível a todas as pessoas os transportes públicos elétricos, com vista a descarbonizar o setor dos transportes e a criar cidades que respondam às necessidades das pessoas e não às da indústria automóvel", refere ainda o movimento.