"Ninguém está isento de riscos. Não há risco zero e Portugal procura garantir a sua segurança e a segurança dos seus cidadãos através dos mecanismos disponíveis, através do nosso sistema de segurança interna sobre o qual não é a mim que me compete falar. Mas não há risco zero", afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.
Perante os ataques recentes de Teerão, Paris, Londres e Manchester, o chefe da diplomacia portuguesa defendeu a participação de Portugal na coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico.
"Devemos estar todos atentos e devemos todos participar no esforço internacional que se faz em vários planos para combater o terrorismo. Portugal é um dos membros, por exemplo, da coligação internacional anti-Daesh [acrónimo árabe que designa o Estado Islâmico] e ao sê-lo está a cuidar também da segurança e do bem-estar dos seus", argumentou.
Hoje, o parlamento do Irão e o mausoléu do 'ayatollah' Khomeini em Teerão foram atacados por sete ou oito homens armados e bombistas suicidas, que se fizeram explodir ou foram abatidos pelas forças de segurança, segundo meios de comunicação iranianos, e houve 12 mortos e dezenas de feridos. Trata-se dos primeiros atentados no Irão reivindicados pela organização 'jihadista' Estado Islâmico.
Esta terça-feira, um polícia foi atacado com um martelo no átrio da catedral de Notre Dame, em Paris, enquanto gritava "Isto é pela Síria!". Desde 2015, a França foi alvo de uma série de atentados, que já fizeram 239 mortos, tendo os mais recentes ataques visado as forças de segurança.
No sábado, os ataques na Ponte de Londres e no mercado de Borough, na capital do Reino Unido, provocaram oito mortos e 48 feridos, tendo também sido reivindicados pelos 'jihadistas'.
Augusto Santos Silva deslocou-se a Paris, esta quarta e quinta-feira, para participar na Semana da OCDE 2017, e esta quinta-feira assiste às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na Embaixada de Portugal em Paris.
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