De acordo com a mesma organização não-governamental (ONG) outros 122 migrantes que se encontram nas mesmas embarcações esperam ainda ser resgatados.

A operação de auxílio do navio “Aita Mari” em coordenação com o veleiro “Nadir” da ONG Resqship permitiu resgatar apenas uma parte de um total de 294 pessoas que se encontravam a bordo das embarcações precárias que foram localizadas pelas organizações não-governamentais, disse o grupo Salvamento Marítimo Humanitário através das redes sociais.

“O ‘Aita Mari’ resgatou 172 pessoas numa operação conjunta com o ‘Nadir’. Sete botes, 294 pessoas a sudoeste de Lampedusa. Ninguém arrisca a vida no mar se forem facilitadas vias legais e seguras e se não tiverem de sofrer deportações”, escreveu a organização espanhola no Twitter.

O centro de acolhimento de Lampedusa está lotado há vários meses sendo que nos últimos dias chegaram à ilha 1.300 migrantes.

De acordo com as autoridades italianas, o centro tem capacidade para 400 pessoas mas a chegada de migrantes tem sido praticamente constante.

“Lampedusa [Itália] é tão europeia como Paris ou Madrid e merece uma resposta capaz”, disse hoje o eurodeputado espanhol Juan Fernando López Aguilar no final da visita de uma delegação do Parlamento Europeu à ilha para “avaliação da situação”.

Durante a missão a Lampedusa, o grupo de deputados do Parlamento Europeu reuniu-se com as autoridades locais, a Guarda Costeira italiana e com representantes das ONG de migrantes constatando que é necessária uma “resposta eficaz, responsável e solidária”.

Desde o princípio do ano chegaram às costas italianas um total de 58.171 migrantes, de acordo com os dados do Ministério do Interior de Itália, mais do dobro do que em igual período do ano passado.

Pelo menos 26.924 migrantes morreram desapareceram no Mediterrâneo desde 2014, de acordo com os números recolhidos pela Organização Mundial para as Migrações.