O gabinete do primeiro-ministro publicou a carta de renúncia e a resposta do chefe de Governo. Frost informa a sua saída com "efeito imediato" porque o "Brexit já está assegurado", e evoca a sua preocupação com os "rumos" que o atual Governo está a tomar.

Citando um alto funcionário do gabinete como fonte, o jornal tinha dito que Frost deixará o seu cargo em janeiro de 2022 por uma "desilusão" com a direção da política governamental.

Downing Street, residência de Johnson, não respondeu imediatamente às perguntas da AFP.

Mais um revés para o enfraquecido primeiro-ministro Boris Johnson. A renúncia foi apresentada há uma semana, mas o chefe de Governo foi convencido a aguardar até o Ano Novo, informou o Mail on Sunday na sua edição online.

A fonte, que pediu anonimato, disse que Frost é contra as novas restrições do Governo no combate à pandemia da covid-19, assim como a meta climática de emissões "zero" e o aumento de impostos.

Angela Rayner, vice-líder do Partido Trabalhista, na oposição, disse no Twitter que a renúncia mostra "um Governo em caos total enquanto o país enfrenta semanas de incerteza".

"@BorisJohnson não está à altura do trabalho. Nós merecemos algo melhor do que esta palhaçada", escreveu Rayner.

A situação de Johnson é muito precária após a rebelião nesta semana de 100 parlamentares do seu partido na votação sobre as medidas contra a covid-19 e da perda de uma cadeira na Câmara dos Comuns nas eleições locais.

Além disso, semanas antes um escândalo foi gerado pela notícia de que uma festa foi realizada em Downing Street no Natal de 2020, apesar das restrições em vigor na época.

A perda da eleição parcial levou a especulações entre os conservadores sobre a liderança de Johnson no partido, e como Frost poderia aspirar a esse posto.