“Os tempos difíceis tornam-nos fortes. E os fortes ficam mais perto dos tempos de vitória. Passo a passo. Hoje, amanhã, todos os dias, todos os minutos. Nem de forma planeada, nem por acaso, ninguém pode ou é capaz de apagar a nossa resiliência, resistência, força e coragem”, disse Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano falava numa mensagem de vídeo gravada a partir da Porta Dourada de Kiev.

“Não há prazo de validade, meta ou ponto final após o qual deixaremos de resistir e lutar, exceto uma coisa: a nossa vitória. A cada dia, aproximando-nos mais [da vitória], dizemos: Lutaremos o que for preciso”, exclamou.

“Estávamos a fazê-lo nos primeiros minutos do dia 24 de fevereiro, estamos a fazê-lo durante estes 585 dias e vamos continuar a fazê-lo”, acrescentou.

Zelensky agradeceu ainda a todos aqueles que permaneceram, permanecem e continuarão a lutar, bem como aos que foram os primeiros a enfrentar a invasão russa que se iniciou em 24 de fevereiro de 2022.

Hoje, o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, chegou a Kiev para homenagear os ucranianos que morreram durante o conflito.

“Preenche-me de humildade visitar Kiev para participar com o presidente Zelensky e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, na cerimónia de homenagem aos defensores que morreram na guerra”, escreveu o chefe da diplomacia da UE na rede social X (antigo Twitter).

Borrell aproveitou a oportunidade para dar o seu apoio àqueles que defendem a Ucrânia da “agressão russa injustificada”.

O diplomata europeu esteve no sábado em Odessa para avaliar os danos materiais ao património histórico provocados pelos ataques russos.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.