“Obrigado pelos gestos que faz, pela pessoa que é, por canonizar o Francisco e a Jacinta. Fico felicíssima por ser em Fátima, cem anos depois, no mesmo lugar onde nossa senhora pergunta ao Francisco e Jacinta: ‘Quereis oferecer-vos a Deus’ e eles dizem que sim. Cem anos depois, o bispo vestido de branco vai-nos dizer [que] eles responderam que sim até ao fim das vidas”, disse à Lusa a religiosa, que verá no sábado o fim do processo de canonização de duas das três crianças que estão na origem do fenómeno da Cova da Iria.

Para a conclusão da canonização de duas das três crianças foi necessário este “milagre”, que envolve a cura de uma criança brasileira da pequena cidade de Juranda, no Paraná, que caiu de 6,5 metros.

A família decidiu rezar aos pastorinhos, um exemplo da devoção mariana em todo o mundo, que Ângela Coelho atribui à passagem recorrente de imagens peregrinas de Nossa Senhora por vários países.

“Desde 1947, a virgem peregrina leva a mensagem de Fátima a todo o mundo”, salientou a religiosa portuguesa.

“Creio que o grande veículo de evangelização da mensagem de Fátima foi a própria virgem peregrina e onde a virgem peregrina chega, chegam os pastorinhos”, realçou Ângela Coelho.

O papa vai estar hoje e no sábado em Fátima para celebrar o centenário das "aparições" de 13 de maio de 1917 e para canonizar Francisco e Jacinta Marto.

Francisco, que partiu de Roma às 13:12, é recebido na Base Aérea de Monte Real cerca das 16:20, onde será recebido pelo Presidente da República, primeiro-ministro e presidente da Assembleia da República, além do Núncio Apostólico, do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e do bispo de Leiria-Fátima.

Jorge Mario Bergoglio é o quarto papa a visitar Fátima. Os anteriores papas que estiveram no maior templo mariano do país foram Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991, 2000) e Bento XVI (2010).