“Estes oito corpos fazem parte de um total de 120 a 130 passageiros que estavam no barco”, disse o chefe da guarda costeira da localidade de Garaboulli (60 quilómetros a leste de Tripoli), o coronel Fathi al-Rayani, citado pela agência de notícias France Press.

Os corpos dos migrantes ficaram presos nas dobras do barco pneumático que esvaziou a cerca de nove quilómetros de Garaboulli, constatou um jornalista da France Press, que acompanhou a guarda costeira.

De acordo com o responsável líbio, o tipo de embarcação em causa não comporta mais de 120 pessoas, pelo que deve haver cerca de uma centena de desaparecidos, que se afogaram ou, na melhor das hipóteses, conseguiram nadar até à praia.

O porta-voz da Marinha da Líbia, o general Ayoub Kacem, disse hoje que as patrulhas da guarda costeira de Zawia (45 quilómetros a oeste de Tripoli) intercetaram na sexta-feira cinco barcos pneumáticos e duas outras embarcações, que transportavam 570 imigrantes ilegais.

Os barcos, acrescentou a fonte, foram escoltados para terra e foram detidas três pessoas. Os imigrantes, a maioria africanos, foram entregues num centro de detenção, para posteriormente serem repatriados.

Muitos voltarão ao circuito de imigração, onde são explorados por redes de contrabando organizado que proliferam na Líbia desde o caos que se instalou no país após a queda do regime de Muammar Kaddafi, em 2011.

Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), cerca de 61.250 pessoas chegaram a Itália desde o início do ano, e 1.778 morreram ou desapareceram no mesmo período.

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